Provavelmente você já deve ter ouvido falar nas expressões “reserva de emergência” ou “colchão de segurança”. Trata-se daquela quantidade de dinheiro que precisamos guardar para situações imprevisíveis, mas que acontecem na vida cotidiana. Um motor do carro quebrado, um tratamento dentário de emergência, um tratamento de saúde não coberto pelo convênio ou a perda do emprego: são típicas ocorrências que surgem sem prévio aviso e, se não estamos preparados, podem nos afundar em dívidas.
Era comum recomendarmos que essa reserva de emergência fosse composta pelo valor equivalente a 3 (três) vezes a média das despesas fixas mensais da família, depositada obrigatoriamente em aplicação com liquidez diária para fácil resgate.
Contudo, as crises econômicas dos últimos anos e, mais recentemente, a pandemia do COVID-19, mostraram que uma reserva de apenas 3 (três) meses de despesas pode ser insuficiente. Durante esse período tem sido comum vermos pessoas necessitando muito mais do que três meses para conseguir uma recolocação profissional diante da gravidade da crise sanitária. Empregados foram dispensados sem receber verbas rescisórias e sem acesso ao FGTS ou seguro-desemprego. Autônomos e pequenos empresários ficaram à mercê da negociação de dívidas ou tomada de empréstimos como saída para tentar manter a sobrevivência do negócio em razão do comércio fechado e do consumo em queda livre.
Apesar das crises econômicas graves não serem uma regra, elas mostram que a reserva de emergência pode nos salvar de apuros maiores em momentos delicados como esses. Porém, mesmo para as pessoas com emprego fixo ou funcionários públicos, passamos a recomendar que a reserva de emergência seja composta pelo valor equivalente a 6 (seis) vezes o total das despesas mensais da família, sempre depositados em aplicação com liquidez diária, tais como a poupança, CDB sem carência ou fundos de renda fixa dessa mesma modalidade, sempre tomando cuidado com a taxa de administração cobrada por esses fundos.
Montando uma reserva como essa você irá perceber mais tranquilidade no seu dia a dia, sem tanta preocupação e ansiedade, valendo a pena o investimento no cuidado com o seu futuro e o da sua família.
